Um "mico" a mais
One More Day , a saga que deu um reset na vida do Homem-Aranha, provocou todo tipo de reação por parte dos leitores e da crítica especializada. E por mais que Brand New Day, inicialmente, esteja sendo timidamente bem recebida, a resolução mágica dos problemas matrimoniais e de identidade secreta do herói não será esquecida tão cedo.
John Marcotte, do blog norte-americano Badmouth , aproveitou o rebuliço causado por One More Day para relembrar alguns dos plots mais estúpidos utilizados em histórias do Cabeça-de-Teia. É coisa para fazer Mefisto se contorcer de inveja.
5. A Saga dos Seis Braços , por Stan Lee e Gil Kane
O arco (como mostrado pela Editora Abril em A Teia do Aranha # 17 , de 1991) mostra Peter Parker tentando encontrar uma fórmula para acabar com seus superpoderes. Mas as coisas não saem como o planejado e, em vez de voltar a ser uma pessoal normal, o herói ganha mais quatro braços, totalizando seis membros superiores. A idéia foi copiada por Louise Simonson e Rob Liefeld em sua fase na revista dos Novos Mutantes, dando origem a um mutante terrorista.
4. O Aranhamóvel , por Gerry Conway e Ross Andru
Em troca de publicidade, a Carona Motors cria para o Homem-Aranha um carro que não polui o meio-ambiente. Com a ajuda de Johnny Storm, o Tocha-Humana, ele faz modificações no "carango" e o transforma no aranhamóvel. Este resumo fala por si. Para saber mais, basta procurar nos sebos o gibi A Teia do Aranha # 25 , publicado pela Editora Abril em 1991.
3. Doutor Octopus casa com a Tia May , por Gerry Conway e Ross Andru
Tia May herda uma mina de urânio de um parente nunca visto antes. Otto Octavius, percebendo nisso uma oportunidade de ouro, decide se casar com a velhinha, roubar a mina e depois dar um "chute no traseiro" da pobre senhora. E é claro que o Homem-Aranha fez de tudo para impedir o casório. A idéia não é apenas ridícula, mas implausível. O quase casamento também pode ser visto em A Teia do Aranha # 25 .
2. Pecados Pretéritos , por J. Michael Straczynski e Mike Deodato
E o segundo lugar fica para um arco publicado nos anos 2000, cortesia do criador da série de TV Babylon 5 . Como se já não bastasse incluir elementos totêmicos na origem do herói (numa de suas muitas tentativas de emular conceitos elaborados por Alan Moore), Straczynski levou Gwen Stacy à Europa e a fez ter um tórrido romance com Norman Osborn, o Duende Verde. E não parou por aí: ela teve um casal de gêmeos, alterados geneticamente e criados para acabar com a raça do Homem-Aranha quando crescessem (ou seja, dois ou três anos depois de terem nascido). O arco foi publicado no Brasil pela Panini Comics , em 2005, nos gibis Homem-Aranha # 41 a # 46 .
1. A Saga do Clone , por Howard Mackie e vários outros artistas
Não é de se estranhar que uma das fases mais execradas do Homem-Aranha tenha ficado em primeiro lugar na lista de Marcotte. Durante uma bela quantidade de anos, as séries principais do Homem-Aranha foram tomadas pela dúvida shakesperiana do ser ou não ser um clone. Tudo graças ao vilão Chacal, que clonou a si mesmo, Gwen Stacy e o herói aracnídeo - dando vida ao carismático clone Ben Reilly -, com o intuito final de eliminar Peter Parker. A saga sem fim causou confusão, irritação, troca de papéis e o estapafúrdio retorno de Norman Osborn, que, na verdade, não tinha morrido coisa nenhuma (pelo menos, foi o que a Marvel disse). Quantas árvores não foram sacrificadas para que se contasse uma história tão ruim assim? No Brasil, saiu em Homem-Aranha e A Teia do Aranha , entre 1997 e 1998, pela Editora Abril .
Será que um dia a Saga do Clone será batida? Nas palavras de John Marcotte: "Sempre teremos o ano que vem".
Notícia retirada do Universo HQ, por Pablo Casado.
Marcadores: comics, Homem-aranha, marvel
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