Fantasia e Cia.

Prazer em imaginar.
 

24.9.07

Notícias de Karanblade (XVIII)

À partir de agora iniciaremos os previews do Tomo II: Guia do Mestre...

No início do mundo e das eras, existia apenas Ayon, o senhor soberano de todas as coisas.
Mas sua compaixão e misericórdia infinitas lhe trouxeram o desejo de que o mundo não fosse exclusivo de uma só força, e então ele criou os Primogênitos, aqueles que primeiro caminharam sobre a Terra Próxima.
Tais seres eram poderosos e supremos, mas como provinham de uma divisão do próprio poder do criador, eles eram assim da mesma forma divididos por natureza .
Os Homens Dourados eram cultos, sábios e amantes do mana e do espírito do mundo. Já seus irmãos, os Homens de Cristal, eram atletas que adoravam a tudo o que era físico e material.
Com isso, Ayon desejou ensinar a seus Primogênitos uma lição ancestral: a lição de que as raças só se tornam completas quando unidas, cada qual trazendo sua cultura e seus costumes, fraquezas e peculiaridades. Uma completando a outra.
Infelizmente, seus filhos não souberam entender sua lição, e a primeira era do mundo logo tornou-se uma era sangrenta, palco da Guerra Eterna.
E eterna seria a batalha entre os Homens Dourados e os Homens de Cristal, pois que eram verdadeiros deuses encarnados, e dispunham de poder inimaginável para os seres de agora.
Eterna seria a Guerra Eterna... caso Ayon não interviesse.
Triste com a selvageria incontrolável com que seus filhos se opunham, Ayon desejou que novos filhos existissem, e com isso destruiu aqueles que não souberam se portar.
Aos Homens de Cristal, Ayon destinou a prisão das rochas, para que eles nunca mais abandonassem a matéria que tanto adoravam. Diz-se que de seus resíduos surgiram os cristais soluakh.
Já os Homens Dourados foram enviados à morada dos céus, o sol, para que seu poder possibilitasse a vida a todos aqueles que viriam depois.

E assim surgiu a segunda era do mundo. E com ela, vieram as novas raças, mas fracas e mais frágeis do que os Primogênitos, porém sem condições de tomarem o mundo de assalto em uma guerra sem sentido. Essas eram as raças superiores:
Aos dragões, Ayon concedeu a supremacia sobre os céus e os elementos, e foram eles os primeiros praticantes de magia da Segunda Era.
Aos gênios, Ayon concedeu o segredo do conhecimento de outros mundos, assim como a responsabilidade de guardar os portais de Terra Próxima.
Aos titãs, Ayon concedeu o domínio das terras e dos vales, e foram eles que semearam florestas e moldaram as cordilheiras.
Ao povo faérico, Ayon concedeu a arte da política e dos costumes, e foram eles os responsáveis pelo surgimento do comércio e das sociedades.
O mundo estava enfim equilibrado, e teria Ayon alcançado o sucesso que almejava para suas criações, não fosse pela chegada da Espada do Fogo Eterno... e com ela, a primeira invasão dos seres de fora do mundo.
Como a espada era em si uma relíquia inigualável, cujo poder era almejado mesmo por deuses de outros mundos, Ayon foi obrigado a interceder.
Sabe-se que os primeiros deuses invasores foram alertados para que deixassem a Terra Próxima para sempre, ou que ficassem e prometessem não interceder no destino de seus povos.
Alguns deuses se foram, intimidados pelo poder e pela majestade de Ayon. Outros optaram por ficar, e enxergaram em Ayon um mestre benevolente.
Mas houve deuses que ficaram, e que quebrariam sua promessa, pois em realidade nunca desistiram de empunhar a Espada do Fogo Eterno.
Com a saída dos deuses as portas para outros mundos foram para sempre seladas ao tráfego divino, e não houve um só deus que pudesse transpô-las, seja para entrar ou sair.
Mas a espada não foi encontrada, e assim se sucedeu a Terceira Era, onde toda Terra Próxima se tornou uma terra de caça e tramas secretas.

Os deuses traidores, liderados por Ballog, contrariaram os desígnios de Ayon e varreram o mundo com suas tropas demoníacas, à procura do precioso artefato perdido.
Foi nesse tempo que dizem ter ocorrido o primeiro Surgimento e a Guerra Vermelha, onde Ballog e seus exércitos demoníacos, liderado pelo lorde demônio Bamphozzah, guerrearam contra os povos de Terra Próxima.
Mesmo no início de tal guerra, as raças superiores já haviam sido duramente castigadas pelo desequilíbrio trazido pela invasão dos seres de fora do mundo. Estranhas doenças e maldições fizeram com que seu número fosse reduzido quase à extinção. Por isso diz-se que foi após o primeiro Surgimento que os dragões, gênios, titãs e fadas se isolaram em suas terras, deixando o mundo aberto ao domínio das raças inferiores que lhes descendiam: homens, elfos, anões e outros.
Observando a tudo o que ocorria, Ayon tirou suas conclusões e desejou que a Espada do Fogo Eterno fosse encontrada por um homem, e que esse homem fosse o responsável pela vitória das raças inferiores sobre o lorde Bamphozzah e seu senhor, Ballog, que tinha o desejo mesquinho de se apoderar da Espada para então desafiar o próprio Ayon pelo posto de deus dos deuses da Terra Próxima.
O guerreiro conhecido como Galtar Karan liderou a investida derradeira dos povos de Terra Próxima contra os invasores demoníacos. Através dele foi que o desejo de Ayon que se realizou.
Após a dura derrota, Ballog e os deuses que lhe eram simpatizantes foram banidos por Ayon, e se encontram presos à terra sórdida de Dordread desde então.
Aos deuses que permaneceram fiéis, Ayon concedeu a responsabilidade de cuidar dos reinos que deveriam ressurgir, e da natureza que deveria se regenerar. Desde então, existem os deuses dos reinos e os deuses da natureza. E na terra sombria de Dordread, os deuses traidores arquitetam sua vingança.

Com o fim da Guerra Vermelha iniciaram-se os tempos atuais, a Quarta Era.
As raças superiores não se interessaram em retornar a um mundo repleto de seres que lhes eram insignificantes, e se isolaram em suas próprias terras. Com isso as raças de homens, elfos, anões, halflings, gnomos, orcs e outras mais, herdaram um mundo destruído, e foram os peões dos deuses na sua restauração.
Por decisão de Ayon, os deuses ficaram proibidos de intervir diretamente nos afazeres dos povos do mundo, e com isso surgiram os clérigos, que são os que trazem a vontade dos deuses em seus corações, sejam elas boas ou más.
Mas a Espada do Fogo Eterno se perdeu novamente, e com isso muitos se perguntaram qual seria a verdadeira extensão de seu poder.
Afinal, estaria Ayon brincando com o destino das raças? Ou mesmo Ele temeria o poder da Espada?

Introdução ao estudo dos deuses,
Ministrado por Ganchi Soroborus, clérigo de Soldur.

Trecho retirado do capítulo 4: Deuses.

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