Fantasia e Cia.

Prazer em imaginar.
 

14.9.07

O grande astro

A novíssima série de quadrinhos da DC, Grandes Astros - Superman, acaba de ganhar o prêmio Eisner de melhor série em capítulos. A muito, muito tempo, que não tínhamos material de tamanha qualidade com o grande astro da DC (na minha opnião, desde que John Byrne reescreveu a origem do personagem). Mas o grande mérito desse prêmio é destacar a fase de um outro grande astro da DC: o roteirista Grant Morrison.

A primeira vez que li histórias do Grant, foi na revista Melhores do Mundo, onde ele escrevia histórias da Liga da Justiça. Desde aquela época ele já gostava de "brincar" com a física clássica, e principalmente a física quântica, em suas histórias. Outra coisa que me lembro é que as histórias eram muito doidas, geralmente no espaço, e não existia uma sequência narrativa muito boa... De lá pra cá, Morrison claramente melhorou muito. Os seus dois últimos trabalhos (pelo menos os que sairam agora no Brasil), particularmente, são absolutamente geniais.

Os 7 Soldados da Vitória é basicamente uma maxi-série de 12 meses, onde Morrison usa brilhantemente vários personagens de segundo (e terceiro ou quinto) escalão... Mas não somente isso, a série conta com pequenas séries de 4 revistas para cada personagem, e todos eles na realidade estão lutando contra um mesmo e sombrio inimigo, que ninguém sabe quem ou o que é... Mas cada um faz isso sozinho, sem nunca encontrar diretamente com os outros personagens. Trata-se de uma narrativa genial, daquelas que fica bem claro que levou bastante tempo para ser bolada, e é exatamente nisso que tenho ficado impressionado com o trabalho dele.

Já Grandes Astros - Superman, despensa comentários. É um retorno genial a Era de Prata, cheio de implicações físicas, filosóficas e políticas "embutidas" no argumento brilhante. Porém, ao contrário de antigamente, Grant não deixa mais sua narrativa ficar perdida, e quando deixa, fica bem claro que foi propositalmente, que trata-se de pura diversão (tanto a dele quanto a nossa). Nos momentos em que precisa atar os nós da narrativa, ele o faz brilhantemente... É uma série que mal começou, enfim, se continuar assim poderá ser um dos grandes clássicos dessa década.

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